sábado, 14 de maio de 2011

Vinha caindo a tarde. Era um poente de agosto. A sombra já enoitava as moutas. A umidade Aveludava o musgo. E tanta suavidade Havia, de fazer chorar nesse sol-posto. A viração do oceano acariciava o rosto Como incorpóreas mãos. Fosse mágoa ou saudade, Tu olhavas, sem ver, os vales e a cidade. - Foi então que senti sorrir o meu desgosto… Ao fundo o mar batia a crista dos escolhos… Depois o céu… e mar e céus azuis: dir-se-ia Prolongarem a cor ingênua de teus olhos… A paisagem ficou espiritualizada. Tinha adquirido uma alma. E uma nova poesia Desceu do céu, subiu do mar, cantou na estrada…

Nenhum comentário:

Postar um comentário